16 junho 2013

Nosso quintal é o mundo

Nossas peles grudadas no calor, no frio, na água do rio que buscamos todos os domingos. Uma busca por sanidade nos cafés pela manhã, nos almoços improvisados e nas idas ao teatro.
Nosso quintal é o mundo.

Aprendi isso contigo no teu sorriso de malandro que tanto adoro. Nos teus trejeitos de ombro, nas respostas rápidas e despedidas formais nos emails. Nos vários cigarros, nas caminhadas. Nas longas caminhas. Nos submarinos e nos cassinos que nunca fomos. Nas massagens e piadas que construímos apenas num olhar.
Adoro nos imaginar velhinhos, as paredes cheias de lembranças de várias viagens. Fotos e mais fotos. Filmes e mais filmes. Livros e mais livros. Teatros e mais teatros. Abraços e mais abraços. E aquele cafuné que adoro fazer na sua barba.
Nosso caminho permanece lado a lado e quero que continue assim. Com a gente inventando tempo pra um café&cigarro debaixo da sombra de bambus.
Sem você não dá pra manter a sanidade, Claudir. Feliz aniversário, amigo-irmão.

Um comentário:

Claudir Orcrux disse...

Sabes minha cara que para escrever sou sempre um fugitivo. Embora, neste momento me disponho a revelar que sempre tive elevada admiração por tu, pelas ‘tuas’ palavras, me parece até, lendo nas entrelinhas, que estamos fugindo juntos (como irmãos que estão fazendo artimanhas. Mas, de verdade, não consigo separar o joio do trigo, sei o que tem exatamente de mim nessas palavras. Tanto é, que gosto mais de mim quando me vejo refletido nelas. E te digo mais, uma lembrança de meu estado de espírito comigo e um samba de Bezerra da Silva é indissociável sem tua presença, porque tens um oceano em confortáveis encaracolados cabelos negros que nos enche de profundidades de uma eterna amizade. Muito Obrigado.