21 dezembro 2011
Te extraño, cariño
Eu abri minha vida pra ti. Abraço-te forte, porque só assim o dia começa bem. Eu desenhei teus olhos. Barcelona te aguarda.Eu puxei teu cabelo bem de leve. Cabeça de Nêgo. Eu seguro tua mão o mais forte que posso. Dou-te mais uma vez esse amor. Eu cantei bem alto no carro. Eu te amo. Eu viajei de Fusquinha. Farofa no sanduíche é dos deuses. Eu esqueço os outros. Grama verdinha, escuta o vento. Eu vou espocar de felicidade. Hoje foi muito bom te ter por perto. Eu cortei o dedo com papel. Isa está ou não está? Eu vi o sol se pôr, deu pra sentir o calor da luz laranja. Jamais esqueça que te amo mais que o tamanho de todos os universos e tudo o mais. Eu chorei com tuas cartas. Leve-me "apenas para andar por aí". Eu trouxe cerveja. Mesmo do mais. Eu fiz desejo para a estrela cadente. Nisso tudo eu só sei que sou feliz contigo. Eutocosono. O sol deixa teus olhos lindos, lindos. Eu te escrevi um poema. Pequenina, dá cá teu sorriso mais uma vez. Eu descobri tua casa. Quero dar-te aquelas coleções de filmes de 70. Eu dividi um café. Rir contigo é o que de mais fácil existe. Eu devia terminar de escrever ao menos um livro. Saudade desceu do carro junto comigo. Eu tenho medo de altura ou medo de cair. Te extraño, cariño. Eu vou pescar. Universo < que meu (L) por ti. Eu viajei muito. Vai dar tudo certo. Eu perdi o fio da meada. X-bacon grátis. Eu realmente vou espocar de felicidade. Zumbis matinais bebericando café. Embrace my heart and stay.
09 dezembro 2011
"Meu Amor é Teu"
A tinta da parede estava descascando. Eu já sentia tua falta e inveja de Minas Gerais. A conta de luz com 2 meses de atraso, o gato improvisado. Ouvir teu riso é tão bom. Estávamos atrasadas para a universidade. "me dá amor". Droga, outra multa por estacionar em lugar errado. Teu abraço é cheio de amor. Tá muito quente esses últimos dias. Últimos dias...
- Eu nunca vou saber a medida da tua dor. Mas posso dizer-te que se há a dúvida nesse amor, escolhe pois o melhor. O próprio amor por ela. Sofre a saudade, xinga a distância. Mas nunca tente competir em quem sofre mais. Todos sofrem, mas cada um a seu modo. Não cobre a ausência dela, cobre beijos e carinhos. E respire sempre fundo. A gente sempre esquece de respirar, porque a única coisa que importa no momento é sentir quem amamos por perto.
Cinco litrões e três caixinhas, felicidade líquida. "Me dá amor". O Governo não muda. Te fiz um poema. O Sócrates faleceu, meu Corinthians Penta Campeão Brasileiro e goleada do teu Cruzeiro em cima dos Galinhos. "É uma saudade que rasga de norte-nordeste. E a minha sempre vai ser maior. Sempre". Tem promoção de livros naquele site.
- Eu sei que dói muito. Mas isso é sinal de que a gente sente, que ama de verdade. Não pensa que vai ser pouco tempo perto dela. Esquece o tempo. Falta tão pouco. Teu coração ta que é um sufoco. Alivia ele lembrando de tudo que vocês já viveram, das conversas... Talvez o que eu fale seja o errado. Mas nunca vou aconselhar a desistir do amor. Nunca vou deixar o amor esquecido. Mas ele me esquece.
Amigo oculto do trabalho foi chato. Não sei o que te dar de aniversário. Esqueci teu livro de novo. O vento passa por meus alargadores e produz música. "me dá amor". O xarope de tosse é horrível.
- O silêncio machuca mais que qualquer coisa, eu bem sei. Mas pense: durante o silêncio, a culpa é apenas da nossa cabeça, que não para de hipotetisar um minuto. Procuramos sempre justificar tudo. É automático. Então alivia essa cabeça, deixa o orgulho um pouco de lado e pede notícias. Se ja fez isso e não teve resposta, aguarda. Há tanta coisa pra se fazer no dia a dia...
Muita promoção pra viajar, só falta o dinheiro. Prova final numa sexta-feira à noite. Cantar bem alto no carro. Extremos da cidade. Tu vai me escrever la de Minas, não vai? Sou mais velha que tu. A cerveja ta quente. Nunca mais deixo você escolher bebidas exóticas. "me dá amor". Eu dou, eu dou. Deixa eu te proteger aqui, bem aqui detrás dos meus cachinhos.
- Falei demais que até me perdi...
- Ah... Lu, seu tagarelamento é mais gostoso que cafuné, sua boba.
23 novembro 2011
...Das Lágrimas
Tua angústia berrava pelos poros da tua pele, misturava-se ao suor e a poeira da estrada que repousava sobre ti. O sol firme no céu e eu desejando que tu ficasse firme também. Não tinha vento e o não ter vento me fazia ouvir os teus batimentos cardíacos lentos, indesejosos dessa vida que te obriga a planejar mundos e fundos até para teus netos que ainda nem existem. Teus ombros caídos, o peso do certo e errado sobre eles. O certo e o errado nas tuas costas, longe do alcance dos teus olhos, impossibilitando-te de escolher um dos dois.
E eu ali, do lado, calada a mordiscar uma maçã sem gosto algum, sem fome alguma. Era meu pretexto por não saber o que falar. Por saber que estava no mesmo barco, no mesmo carro, no mesmo avião, na mesma garupa, no mesmo chão... E ainda assim não saber o que falar.
Joguei metade da maçã fora.
Avancei sobre ti e comecei a arrancar tuas angústias, elas esperneavam na minha mão. Joguei-as no chão e o sol encarregou-se de queimá-las. Então teus batimentos voltaram a pulsar uma melodia linda, começou a ventar e de ti emanava uma bela canção...
Pisquei.
Estavámos bebericando café.
Pisquei.
Você estava flutuando em uma piscina. Tive curiosidade em saber qual era a sensação.
Pisquei.
As angústias esperneavam no chão.
Pisquei.
O vento passava por ti fazendo música como numa flauta doce.
Pisquei.
Estava no chão. Respirando fraquinho. Pensando tanto que parecia estar em transe.
Pisquei.
Desejei realmente poder livrar-te de tudo que te faz chorar. Logo eu, que não chego a ser nada, desejei.
19 novembro 2011
Para o Elcio
Eu não fazia a mínima idéia de como seria minha vida. E aí, reencontro o Éden e conheço você. Aquele sol quente, a praça do Obelisco, as árvores, o vento... Nunca vou esquecer desse dia. Nunca.
E a vida foi seguindo. A gente foi se encontrando. Você foi me cativando.
É impossível não gostar de ti. É impossível ficar perto de ti e não ter vontade de abraçar, de morder, de beijar e dizer que és tão lindo!
E teu abraço, teu ronrronar(?) de gato... Quero todos os dias! E todos os dias o teu sorriso eu quero ver! E todos os dias encontrar as tuas soluções hilárias para os nossos problemas diários.
E todos os dias, e todos os dias, e todos os dias...
Todos os dias lembrar que tenho um pedacinho teu comigo, todos os dias lembrar que deixei um tico de mim contigo, e todos os dias sorrir que tenho o menino mais lindo do mundo como amigo.
Pois tu não sabes a felicidade que sempre sinto quando te vejo.
E eu fico aqui, feito uma boba tentando dizer que te amo com zilhões de palavras e que te desejo sempre o melhor todos os dias.
Bom, minha vida ainda não tem rumo certo. Mas uma coisa eu sei: quero tu comigo sempre por perto.
Feliz parabéns , Elcio.
Amo você. A Nathy também.
27 outubro 2011
Vamos beber Drummond?
A plataforma baixa da Orla Taumanan será palco da celebração em Boa Vista dos 109 anos de nascimento do poeta, cronista, contista e tradutor Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores nomes da literatura brasileira. O sarau comemorativo começa às 17h30 do próximo domingo, 30 de outubro, e está sendo organizado pelo Coletivo Arteliteratura Caimbé.
As pessoas podem participar apenas ouvindo, mas o ideal é que cada uma leve um livro ou poema de Drummond e leia um pouco para os demais presentes, compartilhando o que mais gosta da obra do escritor. Nos intervalos das leituras será feita a audição de textos do poeta que foram gravados por atores.
“Nossa intenção é de que cada um declame seu texto preferido de Drummond e celebre o nascimento dele, que ocorreu no dia 31 de outubro de 1902, em Itabira, Minas Gerais. Portanto, traga seus poemas preferidos, sua bebida gelada, seus amigos, parentes e o que mais desejar e vamos festejar”, convida a contista Ágda Santos, uma das organizadoras do evento em parceria com Edgar Borges, integrante do Coletivo Arteliteratura Caimbé.
Em várias cidades brasileiras haverá atividades comemorando o “Dia D` Drummond”, marcado para segunda. A antecipação em Boa Vista atende às particularidades da cidade, explica Edgar: “é mais fácil as pessoas deixarem a sua casa um domingo à tarde para uma confraternização com outros leitores do poeta que esperar que façam isso na segunda, dia de trabalho, estudo e outros afazeres.”
“Vi que muitas cidades iam comemorar o nascimento de Drummond e nasceu daí a vontade de realizar algo também aqui, já que conheço muita gente que gosta dele. Por isso fiz a proposta de parceria ao Coletivo Caimbé, que topou organizar o sarau”, conta Ágda, que escreve contos, poemas e crônicas no blog http://www.papeldesemica.blogspot.com/.
“Algumas pessoas já falaram que vão levar vinho para brindar o Dia D. Essa é a intenção: beber, literal e metaforicamente, Drummond, autor de poemas que estão no imaginário coletivo, como o mais que conhecido ‘José’”, afirma Edgar. Este é o segundo sarau do Coletivo Caimbé neste mês. Na semana passada, durante a VI Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Roraima, ajudou a organizar um encontro de cordelistas e declamadores de poesias. As fotos desta e outras atividades estão disponíveis no blog http://www.caimbe.blogspot.com/.
O POETA - Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira MG, em 31 de outubro de 1902. Estudou na cidade natal, em Belo Horizonte e em Nova Friburgo (RJ). Começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, em BH, onde conheceu adeptos do movimento modernista mineiro.
Formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Trabalhou também no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962.
Entre outras obras, publicou Alguma poesia (1930), Brejo das almas (1934), Sentimento do mundo (1940), José (1942) e A rosa do povo (1945). Morreu no Rio de Janeiro RJ, em 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
Mais informações sobre o sarau:
Ágda Santos (9133 6814 ) ou Edgar Borges (9111 4001)
26 outubro 2011
É tanta
24 outubro 2011
Guarda vida napo
E sobra,
E derrama,
E preenche tudo de novo.
Um ciclo vicioso.
A vida não cabe
Não há guardanapo
Copo garrafa vida.
A vida não te cabe e nem a mim.
A vida é só isso e fim.
A vida, embora não caiba no guardanapo
E resta na mesa de bar
Cabe agora neste nós.
Morri aqui na confusão
De saber se está para mim
Nesta história
Os sóbrios ou ébrios
Queridos copos gélidos ou não
Pois que seja do napo
Do pouco guardo
Do trapo
Que para nós fique esta
A pouca história ou não
10 outubro 2011
Nosso Café
- Oi, quer café?
- Aceito.
- Mal dormi essa noite. Monte de pesadelo.
- E eu foi uma guerra pr'acordar.
- Tem aula hoje?
- Rapaz, tá rolando lá.
- Café feito naquela velha meia furada...
- Nem fala.
- Já foi.
- E tu vai beber?
- É café.
- A gente devia ter bebido primeiro o café, depois comido o salgado.
- Agora já foi.
- É, já foi.
Aos 30 anos...
- Quer café? Vou passar em frente ao seu trabalho.
- Traz bem forte. Segunda-feira precisa de pelo menos 5 litros de café.
- Tenho conhaque na bolsa, quer?
- Errrrrrrr... Não! Tá louca?
- Eu tava brincando. Não posso beber no trabalho.
- Seeei...
- Bem forte, né?
- Isso!
- Tudo bem, em cinco minutos tou chegando aí.
- Hey! Calma! Aquele lance do conhaque era brincadeira mesmo?
Aos 40 anos...
- A ligação tá horrível.
- É porque tá chovendo.
- Cê tá aonde agora?
- Numa província da Tailândia, perto de Camboja. Lindo, lindo, lindo demais.
- Imagino que sim. Vi algumas fotos suas numa exposição em Madri semana passada.
- Sim, sim. Não tinha como te avisar da exposição. Mas que bom que a encontrastes! O que achou?
- Maravilhosas, claro! Fiquei gabando-me por ser tua amiga.
- HAHA, imaginei. E tu? Tá aonde agora?
- Ainda em Madri, mas parto amanhã de volta a Barcelona. Fui convidada pra dar umas palestras sobre meu livro. Aliás, você recebeu a cópia que te enviei quando você tava no Nepal?
- Recebi sim! E já o devorei, mas escrevi todos os meus comentários pra entregar-te pessoalmente.
- E quando tu voltas pro Brasil?
- Daqui a três dias. E tu?
- Perfeito. Voltaremos então daqui a três dias.
- Pronto! Nem te digo que comprei o café dos deuses da Tailândia.
Aos 50 anos...
Eu não faço a mínima ideia de como elas estarão aos 50 anos. Não sei o que estarão fazendo, com quem estarão, se terão filhos...
Eu só sei que elas irão continuar dividindo café de algum modo.
02 outubro 2011
Sangue nos olhos
29 setembro 2011
Embrace my heart and stay
12 setembro 2011
Curvas e até Ladeiras
Dançando com o vento. Era assim. Dançando com o vento.
E indo, sempre indo. E tentando, sempre tentando de algum modo, levar todo mundo com a gente pra onde íamos. O meu todo mundo, o seu todo mundo, uma mistura de mundos que se complementavam não perfeitamente, mas do modo que convinha, todos dentro de uma conchinha feita por nossas mãos. Protegidos talvez de nós mesmos, de nosso amor, de nossos medos. Mas protegidos.
E se olhassemos pra cima, haveria tantas conchinhas nos englobando, tantas, tantas que quase não haveria céu pra apreciar. Mas eles sabem, o amor diz pra eles que o céu gosta da gente. Sim, ele gosta. A gente também.
"O nosso andar vai junto, porque os meus pés são os seus e os seus estão nos meus pés."
E sem exigir nada, sem exigir tudo... A gente vai indo.
Pra'qui, pra'colar o amor em tudo que é lugar. Pra mostrar que hora não existe, só o vento. E a gente vai indo, olhando as últimas estrelas que saem antes do nascer do sol. Iguais a gente na rua, o som, o vento, nossos pés, por curvas e até ladeiras. Subindo, descendo, pulando, rindo. Indo. Sem se preocupar com a hora, com o que há de se fazer depois. Indo, rindo, indo, subindo até o céu da boca. E indo, numa algazarra sem medida, por vezes acompanhada de preguiça. E indo. Rindo junto.
E levando todo mundo numa música, numa blusa, num beijo na bochecha, Pra'qui, pra'colar o amor em tudo que é lugar.
06 setembro 2011
Wake Me Up When AGOSTO Ends
Setembro começou hoje e a felicidade veio banhada de café.
*Foto de Daniel Lira*
26 agosto 2011
Entre Estrelas e Vagalumes
21 agosto 2011
It's a long way
09 agosto 2011
Dia 21
"É que cansei. Fartei-me. Vinte. Mais de vinte anos a dividir, viver, absorver desabafos, e a conviver e sobreviver... com desabafos. Teus desabafos. Tenho sido companheiro, amigo, irmão, padre, amante, analista, confidente. Um tudo de pouco. E de muito também. Logicamente levando em conta minhas limitações. Não rias, estou falando sério. No ínicio havia o prazer do desconhecido, a atração pela intimidade não revelada. Eras um tonel de segredos inebriantes. Embriagava-me a desvendar os túneis da tua mente. Os labirintos. Aonde iam dar."*
Alguns diriam que era uma mensagem subliminar dele pra mim, que o livro não fora escolhido ao acaso, que ele espiara pelas brechas de meus dedos e escolhera este livro de contos para mostrar-me como se sentia. Mas eu sabia que ele não era assim. Subliminar não era com ele.
Olhei para os lados, encostei minha cabeça em seu ombro. Ele lia e eu continuava a repetir este trecho em minha cabeça. Fazia sentido. Eu poderia dizer que ele voltara ao passado só pra escrever aquele livro para que neste momento, sentados na varanda, ele me mostrasse o quão cansado estava de apenas doar-se pra mim, de ser tudo pra mim, de apenas ser consumido e nunca preenchido.
Meus olhos encheram-se de lágrimas ao perceber que era assim que estavámos. Que era por minhas faltas e ausências que estavámos tão longe um do outro. Que era por meu egoísmo e medo de estar só, e o medo de estar junto também. Mas por tanto tempo ele estava ali, ao meu lado. Cansado, mas continuava ao meu lado. Carinhoso sempre. Risonho sempre.
Ele continuava a ler sem perceber que eu chorava em silêncio no seu ombro. Ou talvez percebe-se e estava apenas respeitando meu tempo de reflexão. Era assim desde o começo, sempre sabia o que fazer e o que não fazer a respeito de mim. Conhecia-me melhor do que eu mesma.
E ali, encostada em seu ombro lembrei de uma frase do Caio Fernando Abreu: “Deitada no ombro dele, ela via seu rosto muito próximo. Esse era o sonho, nada mais”.
E percebendo meu silêncio, ele me olhou, colocou o livro do lado e segurou minhas mãos. Esperaria o tempo que fosse, mas não perguntaria o motivo de meu choro. Apenas esperaria eu falar. E o que eu falaria?
Abracei-o forte, senti seu cheiro. Muitas coisas passaram por minha cabeça, muitos erros que cometi, minhas ausências... Talvez, reconhecer aquilo tudo já era um passo. E era apenas dele que eu precisava. Esqueceria o limite do tempo, do espaço, meus medos e egoísmo. Era apenas dele que eu precisava e nada mais.
03 agosto 2011
Come together
01 agosto 2011
Um ano de Julho
- Alô?
25 julho 2011
Ai de Mim
"Ai de mim, que vivo sem ter ninguém.
Porque a demora se agora
um homem me cai tão bem,
não vejo nenhum porque,
não sou exigente,
mas há requisitos por preencher.
Não quero um Zé qualquer."
Ai de Mim dos Comparsas da Vivenda
Tem dias que meu grau socialização é tão grande que chego a falar com qualquer pessoa da rua e me torno amiga de infância. E isso é sério e sem exagero. E em um desses dias, estava esperando meu ônibus pra voltar pra casa quando certo senhor sentou a meu lado comendo uma maçã. Ofereceu-me um pedaço, eu recusei e agradeci. Ele brincou dizendo que não era a bruxa disfarçada da Branca de Neve e com isso ganhou minha confiança. Gargalhamos muito.
Depois de conhecer a história dele: “Curitibano, 86 anos, militar aposentado, 2 filhos, 5 netos, duas esposas, e uma horta em casa que ele mesmo cuidava”, era a minha vez. Fui soltando pedaços aqui e ali. Ouvir sempre foi minha especialidade em termos de amizade.
Passados uns minutos, ele solta: “Tem homem nessa história. Desembucha que é melhor”.
Ele estava certo, claro. Tem um homem nessa história. E tem uma mulher que tem medo de firmar algum compromisso.
Engraçado. Quem fugia antes eram os homens. 'Taí, vim pra mudar a história. Pois eu estou em fuga. Em fuga em certos momentos. Em outros percorro o caminho de volta. Por vezes, arrependo-me no meio do caminho e a fuga continua.
Gosto do indefinido. Ele não cobra nada e também não é constante. Por que ter que definir? Declarar ao mundo um status? Colocar um anel no dedo?
Dizem que tudo isso funciona como prova de confiança, de amor. Mas veja bem, pra mim não passa de prova de desconfiança.
Pra facilitar tudo, porque não apenas viver? Indo, sabe?
Não consigo me prender. Deve ser trauma. Deve ser a idade. Velha demais? Nova demais?
Não sei dizer. Não sei o que quero. Só sei que não quero ficar só.19 julho 2011
Tresloucada
08 julho 2011
"É pr'amanhã"
Algumas pessoas me respondiam que era pra sermos mais organizados. Outras me responderam que não criamos o tempo, é ele que nos cria.
As duas tem certa razão. Mas não sou nada organizada tendo o tempo ao meu lado ou não.
Fica esse maldito desejo de liberdade querendo se fazer dono de mim, tirando-me do sério, da linha, dos trilhos, das horas regulares de sono, do horário certo de comer, desrespeitando prazos, ignorando os descontos que virão no meu salário por não ser assídua...
E acredito ser isso que me dá a sensação de correria, afobação, quase um pire-paque no coração.
Ledo engano, era tudo culpa da procrastinação. Essa danada que eu abraço todos os dias mesmo sem perceber e que à noitinha sempre paga uma cervejinha pra nós no bar da esquina.
Hoje de manhã perguntaram-me como consigo viver assim: sempre deixando pra cima da hora, por vezes não conseguindo, outras por pura sorte. E simplesmente respondi que é assim que sou feliz. Mesmo quando a pilha de deveres parece ser mais alta do que eu.
Sem prazos, sem horários, sem qualquer coisa que se torne dona de mim. Afinal, nem eu me pertenço.
Já ouviram a canção do António Variações "É pr'amanhã"? Foi feita para os procrastinadores, sem dúvida! Bah tchê, escutem!
27 junho 2011
El Amor
Dias atrás um amigo perguntou se eu gostava de Arnaldo Jabor, falei que sim. Mas fazia tanto tempo que eu não lia nenhuma crônica do Jabor. Senti-me em dívida com aquele amigo. Certa noite, a amiga insônia lembrou do Jabor e lá fui atrás de algo pra ler sobre ele. Eu sabia que tinha algumas coisas em casa. - (Eu devo ter um fã clube de traças por guardar tanto papel velho, mas nunca inúteis) - Catei alguns papéis, joguei outros tantos pelo chão e achei o Jabor entre uns trabalhos de Introdução a Filosofia.
A crônica que li falava que estávamos precisando mais de amor e menos de sexo automático. Na hora não prestei atenção, li outras vezes, mostrei pra vários amigos. Uns concordaram, outros ficaram revoltados com Jabor, outros tantos nem sabiam quem era Arnaldo Jabor.
Pois eu, logo eu, que não tenho um relacionamento sério e estável há quase 3 anos, defendo o Jabor. Mas a meu modo. Sem os moralismos da vida e fazendo coro ao Poliamor.
Eu preciso de amor, sinto-o, vejo-o e respiro-o de vários modos. Em todas as coisas, em todos os lugares, em algumas pessoas. Acredito que tudo varia de como vemos, como agimos e reagimos a tudo.
Jabor está certo. Queremos amor, mãos dadas por aí, risos bobos,
E tudo devido a correria, a educação, ao condicionamento que recebemos há alguns séculos. Então, ultimamente tenho preferido parecer ridícula, brega, sem pensar muito na opinião de quem me cerca e demonstrado meu amor a tudo que amo, que amei, que passei a amar 7 segundos atrás.
Fotos via: Vamos que Podemos
20 junho 2011
Everything in its right place
Domingo às 23hrs, o que tu estavas fazendo?
11 junho 2011
Triálogo e poliamor
09 junho 2011
O Estranho
Como eu disse no primeiro post, a Nathy domina quando o assunto é cinema. E sabe? Nos últimos meses ela fez parte da equipe de produção de um curta. Não, eu não sei lhufas sobre ele. Exceto que "está muito bacana", segundo Natascya Melo.
Corre negads!
06 junho 2011
Enchente
Aqui no caso, entra mais a área da Nathy, que no caso é fotografia. Mas dessa dupla sertaneja, eu sou a mais vagau, logo, irei postar duas fotos para vocês verem o que tanta chuva está fazendo.
A orla Taumanan antes:
A orla Taumanan hoje de manhã:
A água está acima dos bancos. E essa é a foto menos (hmmmm, digamos) assustadora. Os bairros próximos ao rio Branco estão há duas semanas alagados. A água chega a 40cm em algumas casas. É a maior enchente dos últimos 35 anos.
Hoje, faço o que posso pra ajudar. Seja doando algo, ou abrigando parentes e amigos em casa.
Espero que as pessoas simplesmente não voltem para suas casas sem resolver mudar algo. E que também não esperem pelo governo.
02 junho 2011
Abelha no Café
É bom se desligar.
Você já viu abelhas que gostam de café?
Eu já.
Quase arranjo briga com duas hoje por causa do meu café. Mas não sou de briga, então bebi minha parte do café e deixei um pouco para as duas. Elas enrolaram bastante até ver que o que estava na caneca era pra elas. E ia uma de cada vez. Achei isso magnífico. Se fossem humanas, teria dado briga e o café teria derramado. Achei incrível também elas gostarem de café amargo. Sempre achei que abelhas gostavam de açúcar. Mas "todo penso é torto".
O sol já estava baixinho e elas ainda estavam lá aproveitando o café. Eu tinha que encontrar alguém, mas como não conseguia prestar atenção em mais nada além das abelhas, nem me preocupei. Elas voavam silenciosamente, revezando a vez e ficando cada vez mais ativas. Alegres, vivas.
Eu sei que não é fácil se desligar. Há tantas coisas pra se pensar, pra se fazer, pra planejar... Mas me diga, porque não apenas sentar e olhar? Respirar? Fechar os olhos e sentir os cheiros ao redor?
O que sempre vejo "é cada um por si na sua própria bolha de ar".
Eu sei, sei que é difícil. Acha que sempre fui assim?
Ai, ai... Dói lembrar quando tudo me prendia e nada me pertencia.
As abelhas voando sobre a caneca de café. Esse não é o lugar delas. Deviam estar nas flores, nas frutas. E não em uma caneca de café.
Eu sentada na varanda, com uma caneca de café e um caderno cheio de pensamentos. Esse não é meu lugar. Esse é um dos meus lugares.
É tão fácil, tão simples. Mas eu te vejo complicar tudo. Já te disse, esquece o problema, pensa na solução. Logo, logo ela aparece. E se não tiver? Ora bolas, se não tem solução, então não tem problema a ser resolvido.
Estou falando bonito, não é? Eu sei. Também estou impressionada com essas palavras otimistas. Mas veja bem, eu bebi café, está um clima bom, estou na minha varanda e tem abelhas voando no meu café. Bom, era meu café. Mas não tem problema, elas dão uma cor especial a esse fim de tarde em que passo mais uma vez sem você.
01 junho 2011
31 maio 2011
24 maio 2011
The Donnas
sms (nathy): Qual? Qual? *-*
sms (ágda): eu falaria de você e você falaria de mim :)
sms (nathy): Atorei :D
Manhã de sol (meu iá-iá, me iô-iô), Nathy vira pra mim e fala: "Vamos montar um blog?"
Sim, ela é assim.
Geralmente eu não defino amigos. Sempre acho que o que quer que eu diga, nunca vai ser capaz de definir o que eles realmente são e significam pra mim.
Mas deixando essas desculpas clichês de lado, falemos de Natascya Melo.
A doce menina da sacola.
Moleca do Brasil, mistério do planeta.
Mano from gueto em alguns dias também.
Cinema, sem dúvida alguma é a arte que sempre associo a ela.
Porque o tempo de tristeza perto dela dura apenas 5 minutos. E a alegria dura um googleplex de horas. Sem contar com os vários transmimento de pensação que temos, os cafés compartilhados e as heineken's divididas. Fora sua incrível habilidade para o cartunismo e fotografia. Sim, ela tem uma câmera analógica azul muito linda, mas conhecida por Diana. Ela vale cem dólares. E uma vida sem ela, seria uma vida com as botas sempre pesadas.
Cabelos cacheados, tênis e uma bolsa que cabe tudo dentro. Tudo e mais um pouquinho: cabe um caderno molhado charmosíssimo, metade do bolo que ela traz de casa pra me alimentar, um bloquinho com pensamentos e desenhos, um reparador de pontas/redutor de volume e um monte, um monte de sentimentos e histórias que ela compartilha comigo todos os dias.
Número 1 no Top 20 de sms no meu humilde celular, Agdala me corrompeu pro mundo dos blogs sem querer.
Um dia sem ela e minha imunidade baixa, nem uma viagem para uma cidade linda me anima o suficiente. Me ensinou que monogamia #fail e que o lance agora é stalkear um guri aí. Ou melhor, era o lance. Cheias de transmimento de pensação, crises de risos intermináveis e fanáticas por café e livros, nós resolvemos DO NADA escrever juntas, ou em um espaço comum, se preferir. O que importa é que agora que estamos juntas e ninguém separa.
E tenho dito.